terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Reprodução

Para o ser humano o sexo não tem apenas a função reprodutiva, está associado à afetividade e ao prazer. A questão sexual humana associou-se a uma série de normas, valores, comportamentos e sentimentos que variam dependendo da época e da sociedade em questão
Independentemente de influências sociais, culturais ou religiosas, é importante para o ser humano o conhecimento de seu corpo, assim como as implicações de suas relações com o sexo. Para tanto, é importante o estudo da anatomia dos órgãos sexuais, assim como de alguns aspectos da fisiologia do relacionamento sexual e implicações psicológicas de influência hormonal.
Conhecer a si próprio é condição fundamental para que o indivíduo desenvolva sua sexualidade de uma forma saudável e natural. Esse conhecimento inclui o conhecimento de seu próprio corpo.


Sistema Genital Masculino
externos
Os órgãos sexuais externos são o pênis e a bolsa ou saco escrotal. O pênis é um órgão de formato cilíndrico, preenchido por estruturas esponjosas (corpos cavernosos), por meio das quais passa um canal, a uretra, por onde saem o esperma e a urina. Quando os corpos cavernoso se enchem de sangue, o pênis fica ereto. Isso acontece, na maioria das vezes, quando o homem fica excitado. A extremidade do pênis chama-se glande e é uma região bastante sensível. Ela é recoberta por uma pele que a protege dominada prepúcio. Quando a pênis fica ereto, a pele que forma o prepúcio se estica e a glande fica esposta.
Essa pele precisa ser puxada para trás durante o banho para não deixar acumular secreções e resíduos, que podem causar meu cheiro, coceira e irritações. Se a pele do prepúcio é muito estreita na extremidade, a ereção torna-se muito dolorosa, condição chamada fimose, que pode ser corrigida por uma cirurgia simples que remove parte do tecido. Em algumas religiões, como a judaica, essa cirurgia, chamada circuncisão,é feita em todos os bebês do sexo masculino em ritual religioso.
A bolsa escrotal ou escroto é o local onde ficam alojados os testículos, que estão aí localizados pois os espermatozóides precisam de uma temperatura mais baixa que a do corpo para serem produzidos adequadamente.

Internos
Os órgãos internos, que compreendem os testículos, o epidídimo, os canais deferentes, as vesículas seminais, a próstata e a uretra, estão relacionados ao ato sexual e à reprodução, e o último,à excreção.
Os testículos são dois órgãos ovais que se encontram dentro da bolsa escrotal e compreendem um sistema de pequenos canais denominados túbulos seminíferos, onde são produzidos os espermatozóides. Entre esses túbulos, encontram-se as células que produzem o hormônio sexual masculino,
a testoterona.
Esse hormônio promove o desenvolvimento das características sexuais secundárias, como o aparecimento de barba e de pêlos no corpo, o engrossamento da voz e o aumento dos músculos, atuando também na produção de espermatozóides pelos testículos.
As vesículas seminais são duas glândulas produtoras de um líquido denso e esbranquiçado que nutre os espermatozóides e facilita o seu deslocamento ao longo de seu trajeto pela tuba uterina.
Os canais deferentes, são os vasos que permitem o deslocamento dos espermatozóides de cada epidídimo á uretra. Os epidídimos, localizados sobre os testículos, são formados por túbulos enovelados, onde os espermatozóides ficam armazenados e se desenvolvem, formando o flagelo caudal, antes de serem ejaculados.
A próstata é uma glândula atravessada pela uretra, que produz um líquido semelhante ao seminal, compondo com os espermatozóides e as secreções das vesículas seminais o sêmen ou esperma. O canal ejaculatório é a continuação dos canais deferentes, onde os fluidos das vesículas seminais e da próstata se misturam com o dos canais deferentes e desembocam na uretra. A uretra é o canal que comunica a bexiga com o meio exterior, por onde passam a urina e onde desemboca o duto ejaculatório com o sêmen que provém dos canais deferentes.

Hormonios Masculinos



A Gametogênese
Gametogênese é o processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada. Nos animais, a gametogênese acontece nas gônadas, órgãos que também produzem os hormônios sexuais, que determinam as características que diferenciam os machos das fêmeas.Por apresentar aspectos muito particulares, a gametogênese dos vegetais será abordada no curso de Botânica. Iremos, nessas aulas, tratar da gametogênese animal, com destaque para a gametogênese humana.O evento fundamental da gametogênese é a meiose, que reduz à metade a quantidade de cromossomos das células, originando células haplóides. Na fecundação, a fusão de dois gametas haplóides reconstitui o número diplóide característico de cada espécie.Em alguns raros casos, não acontece meiose durante a formação dos gametas. Um exemplo bastante conhecido é o das abelhas: se um óvulo não for fecundado por nenhum espermatozóide, irá se desensenvolver por mitoses consecutivas, originando um embrião em que todas as células são haplóides. Esse embrião haplóide formará um indivíduo do sexo masculino. O desenvolvimento de um gameta sem que haja fecundação chama-se partenogênese. Se o óvulo for fecundado, o embrião 2n irá originar uma fêmea.Em linhas gerais, a gametogênese masculina (ou espermatogênese) e a gametogênese feminina (ovogênese ou ovulogênese) seguem as mesmas etapas.

A Espermiogênese

A espermiogênese é a transformação das espermátides em espermatozóides. Ocorre no interior dos canalículos seminais, região mais central, junto à luz. Inicialmente a espermátide se alonga, e seu núcleo desloca-se para a extremidade. Sobre ele fica agrupado o sistema golgiense, que gradualmente assume a forma de um capuz, o cromossomo, em que se acumulam as secreções indispensáveis à fecundação. As mitocôndrias agrupam-se na base de um pequeno flagelo em formação, ligado a um centríolo. Uma bainha de citoplasma estende-se ao longo do flagelo, envolvendo-o quase até a extremidade livre e constituído a cauda do espermatozóide.

Órgãos Sexuais Femininos

externos
Na mulher, os órgãos sexuais externos recebem o nome de vulva. Como esses órgãos não são tão expostos como os dos homens, muitas mulheres desconhecem essa parte de seu corpo. O conhecimento de seu corpo é importante, pois, quanto mais a pessoa souber a respeito de si mesma, mais vai saber se cuidar.
Para a mulher, devido ao posicionamento desses órgãos, a melhor maneira de vê-los é utilizando um pequeno espelho.
Os grandes lábios são a parte mais externa da vulva. Em mulheres sexualmente maduras são cobertos por pêlos. Os pequenos lábios são duas dobras finas de pele, que ficam cobertas pelos grandes lábios,normalmente aproximam-se, fechando a entrada da vagina e protegendo-a do contato direto com o meio. Entre os pequenos lábios, situam-se a abertura da uretra (mesmo uretral), por onde sai a urina, e abertura da vagina,por onde saem o bebê e a menstruação. É também onde o homem introduz o pênis durante a relação sexual. A abertura vaginal é coberta por uma fina pele chamada hímen, que normalmente é rompida na primeira relação sexual.
Na extremidade superior dos pequenos lábios encontra-se o clitóris, um órgão pequeno que possui muitas terminações nervosas. Quando a mulher fica excitada, o clitóris recebe mais sangue e aumenta de tamanho.


Internos


Os órgãos sexuais internos são a vagina, o útero, as tubas uterinas e os ovários. A vagina é um canal cuja entrada se localiza entra a uretra e o ânus e vai até o colo do útero. Pode ter de 7 a 10 cm de comprimento (mulher adulta), apresenta grande capacidade de contração de expansão e possui glândulas secretoras de mudo que são estimuladas quando a mulher fica excitada e têm a finalidade de lubrificar a vagina durante o ato sexual.
O útero é o local onde o feto se desenvolve e cresce durante a gravidez. A parte inferior e mais estreita do útero é dominada colo do útero, a parte superior e mais larga do que útero é denominada corpo do útero.
Cada tuba uterina (são duas) tem uma extremidade ligada ao útero e a outra próxima a um dos ovários.
Quando o óvulo está maduro, ele sai do ovário, passa para as tubas e começa a ir em direção ao útero. é o local onde ocorre o encontro do óvulo com o espermatozóide (concepção ou fecundação). Posteriormente, se fecundado, o óvulo, agora denominado célula-ovo ou zigoto, implanta-se na parede do útero (nidação). Os ovários, situados na extremidade de cada tuba uterina, são o local de produção, armazenamento e amadurecimento dos óvulos. Os óvulos produzem os hormônios sexuais femininos.

Hormônios Sexuais Femininos

Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormônios, como os hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são ambos compostos esteróides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. Os estrogênios são, realmente, vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, são considerados juntos, como um único hormônio.
Funções do Estrogênio: o estrogênio induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número. Por exemplo, a musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho. O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que a circundam, faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e o estreito pélvico assumir a forma ovóide, em vez de afunilada como no homem; provoca o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo. Em resumo, todas as características que distinguem a mulher do homem são devido ao estrogênio e a razão básica para o desenvolvimento dessas características é o estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo.
O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se "extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, pára. A mulher, nessa fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas pára após os primeiros anos da puberdade; já o homem tem um crescimento menos rápido, porém mais prolongado, de modo que ele assume uma estatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos.
O estrogênio tem, outrossim, efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual.
Funções da Progesterona: a progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos; está principalmente relacionada com a preparação do útero para a aceitação do embrião e à preparação das mamas para a secreção láctea. Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sangüíneos; determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio. Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a expulsão do embrião que se está implantando ou do feto em desenvolvimento.


CICLO MENSTRUAL

O ciclo menstrual na mulher é causado pela secreção alternada dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, pela pituitária (hipófise) anterior (adenohipófise), e dos estrogênios e progesterona, pelos ovários.
O ciclo de fenômenos que induzem essa alternância tem a seguinte explicação:

1. No começo do ciclo menstrual, isto é, quando a menstruação se inicia, a pituitária anterior secreta maiores quantidades de hormônio folículo-estimulante juntamente com pequenas quantidades de hormônio luteinizante. Juntos, esses hormônios promovem o crescimento de diversos folículos nos ovários e acarretam uma secreção considerável de estrogênio (estrógeno).
2. Acredita-se que o estrogênio tenha, então, dois efeitos seqüenciais sobre a secreção da pituitária anterior. Primeiro, inibiria a secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante, fazendo com que suas taxas declinassem a um mínimo por volta do décimo dia do ciclo. Depois, subitamente a pituitária anterior começaria a secretar quantidades muito elevadas de ambos os hormônios mas principalmente do hormônio luteinizante. É essa fase de aumento súbito da secreção que provoca o rápido desenvolvimento final de um dos folículos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias.
3. O processo de ovulação, que ocorre por volta do décimo quarto dia de um ciclo normal de 28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lúteo ou corpo amarelo, que secreta quantidades elevadas de progesterona e quantidades consideráveis de estrogênio.
4. O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem novamente a pituitária anterior, diminuindo a taxa de secreção dos hormônios folículo-estimulante e luteinizante. Sem esses hormônios para estimulá-lo, o corpo lúteo involui, de modo que a secreção de estrogênio e progesterona cai para níveis muito baixos. É nesse momento que a menstruação se inicia, provocada por esse súbito declínio na secreção de ambos os hormônios.
5. Nessa ocasião, a pituitária anterior, que estava inibida pelo estrogênio e pela progesterona, começa a secretar outra vez grandes quantidades de hormônio folículo-estimulante, iniciando um novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher, até a menopausa.


A Fecundação

Ao ejacular, o homem deposita milhões de espermatozóides na vagina da mulher, próximo ao colo do útero; eles se deslocam por batimento do flagelo, nadando até as tubas uterinas à procura do óvulo. Caso a mulher tenha liberado um óvulo, e ele esteja nas tubas uterinas, os espermatozóides irão se aglomerar ao seu redor, despejando um líquido que permitirá a entrada de apenas um núcleo de um único espermatozóide no óvulo. A seguir o óvulo endurece sua parede, impedindo a entrada de qualquer outro núcleo de espermatozóide, e o núcleo que entrou se funde no núcleo do óvulo, formando a primeira célula do embrião (zigoto) que irá desenvolver-se.

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